A gente não pode lutar junto?
E pelo o quê exatamente eu tenho que lutar sozinha?
Me pareceu um intenso deboche a respeito da dor alheia. Mas segui.
E aqui, inquieta como sou, me peguei mil vezes questionando os meus papéis sociais e recebendo aquele tabefe da vida, me mostrando que em muitas vezes, as lutas são realmente solitárias.
E a maternidade, infelizmente, pode ser um retrato doloroso sobre isso, não é?!
Já na gravidez a gente percebe que algumas coisas não são compreendidas pelos outros e tudo, tudo, acaba sendo resumido a uma guerra hormonal. Mas a gente sabe que não é só isso.
Depois vem um pós parto cheio de dúvidas, dores internas e externas e mais uma vez, o silêncio. Porque nem todo mundo vai entender aquele furacão e ainda vão esperar que você enxergue só o lado bom.
Sim, tem lado bom também! Nem só de chorar as pitangas, a gente vive!
Voltando a solidão - e eu nem queria voltar - , percebo que ela se acentua após a maternidade. Porque o tempo fica escasso e sempre que a gente precisa organizar a lista de prioridades, a gente costuma ficar em último lugar. E é aí que mora o perigo!
Se me perco de mim, em quem eu me transformo? E esse nova eu, cansada e solitária, vai maternar como?
E eu continuo lutando sozinha?
Por favor, não!
Hoje, a internet nos trouxe um mar de possibilidades (nem todas boas, óbvio!). Mas aqui, em rede, podemos nos conectar com outras mulheres que estão com dores e amores, parecidos com os nossos.
A gente não precisa sofrer sozinha! Pois, apesar da distância física, estamos a segundos de distância de outras pessoas.
Fortaleça sua rede e não lute só!
Emanuelle Ribeiro Tinel
CRP 03/23666
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